9/124 O PRIMEIRO DIA NA ERRATICIDADE

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O PRIMEIRO DIA DA ERRATICIDADE

Chegara o dia 2 de Novembro de 1915 e mais de mês já havia transcorrido sobre a data de minha desencarnação.

Nesse dia, sob o império de grande dissabor, que me advinha daquela incompreensão, dirigi-me tristemente à Igreja para orar, aproveitando a quietude de sua soledade, Lá penetrando, porém, compreendi que não me achava só, pois percebia que outras almas, talvez padecendo a mesma dor que eu experimentava, conservavam-se estáticas ao pé dos altares, onde foram buscar um pouco de consolo e de esclarecimento.

Todavia, assim que me entreguei aos arrebatamentos da prece, senti uma intraduzível vibração percorrer todas as fibras do meu ser, como se fosse sofrer um vágado, afigurando-se-me invadida pela influência do sono; mas durou poucos instantes, semelhante estado.

Maria João de Deus

Livro Cartas de uma Morta – Psicografia Chico Xavier

9/124 Livro Cartas De Uma Morta – Uma Pagina Por Dia
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8/124 AH! EU MORRERA

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AH! EU MORRERA

Descerrou-se, finalmente, o derradeiro véu que obumbrava o meu ser pensante… Senti-me sã, ativa, ágil, como se despertasse naquele instante… Ah! Eu morrera…

E a morte representava um grande bem, porque eu me sentia outra, trazendo as faculdades integrais, plena de favoráveis disposições para as lutas da vida. Todavia tinha a impressão de estar só, já que ninguém respondia às minhas argüições, embora percebesse que a minha voz nada perdera de seu vigor e tonalidade.

Propositalmente procurava fazer-me vista por todos, mas uma impossibilidade perturbadora correspondia aos meus pensamentos. Refugiei-me, então, nas mais sinceras e fervorosas preces. Foi quando comecei a divisar vultos sutis e ouvir vozes acariciadoras, das quais fugia amedrontada e receosa, na ilusão pueril de que me achava com o corpo físico, trânsita de medo e suscetibilidades…

Maria João de Deus

Livro Cartas de uma Morta – Psicografia Chico Xavier

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Livro Cartas De Uma Morta 3/124 – Uma Pagina Por Dia

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ÚLTIMOS INSTANTES DO TORMENTO CORPORAL

Combati com tenacidade a moléstia que enfraquecia o meu organismo, porém chegou o dia que assinalava o término das minhas possibilidades de resistência. As derradeiras horas me foram de excruciante martírio e, depois de uma jornada repleta de dores violentas, veio a noite interminável da agonia. Reparava que o meu tempo no mundo se escoava dificilmente, almejando o seu findar como o trabalhador sedento e faminto – ávido de repouso.

O meu estado moral caracterizava-se por uma semi-inconsciência porque o tormento corporal atuava sobre as minhas idéias, que vagavam desordenadas como se fossem violentamente expulsas do meu cérebro.

Maria João de Deus

Livro Cartas de uma Morta – Psicografia Chico Xavier

 

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Livro Cartas De Uma Morta 1/124 – Uma Pagina Por Dia

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EXPLICAÇÃO NECESSÁRIAAs páginas que vão ler são de autoria daquela que foi, na Terra, a minha mãe muito querida.

Minha genitora chamava-se Maria João de Deus e desencarnou nesta cidade, em 29 de setembro de 1915. Filha de uma lavadeira humilde, de Santa Luiza do Rio das Velhas, ela não pode receber uma educação esmerada; mas todos os que a conheceram, afirmam que os sentimentos do seu coração substituíram a cultura que lhe faltava.

Quando o seu bondoso espírito se comunicou por meu intermédio, pela primeira vez, eu lhe pedi que me contasse as impressões iniciais da sua vida no outro mundo, recebendo a promessa de que o havia de fazer oportunamente; e, há pouco tempo, ela começou a escrever, por intermédio da minha mediunidade, estas cartas que vão ler.

Eu contava cinco anos de idade, quando minha mãe desencarnou; mas, mesmo assim, nunca pude esquecê-la e, ultimamente, graças ao Espiritismo, ouço a sua voz, comunico-me com ela e ao seu espírito generoso devo os melhores instantes de consolo espiritual da minha vida.

Aí estão, minha mãe, as tuas páginas. Elas vão ser vendidas em benefício das órfãzinhas. Deus permita que os pequeninos, que sofrem, recebam um conforto em teu nome, e que a Misericórdia Divina te auxilie, multiplicando as tuas luzes na vida espiritual.

Pedro Leopoldo. MG, 25 de junho de 1935.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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E Se Voltassemos Agora?

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BAGAGEM

Por mais cuides da saúde, um dia, naturalmente, serás compelido a deixar o corpo que ocupas em teu breve estágio na Terra.

Quando te chegar o momento, partirás, muitas vezes sem tempo disponível para tomar essa ou aquela derradeira providência, sempre adiada por ti.

Convém, pois, quanto zelas por tua apresentação exterior, que não olvides o teu figurino moral.

Periodicamente, faze o inventário dos bens que já entesouras no espírito, efetuando indispensável balanço de teu real aproveitamento nas experiências do cotidiano.

Se, porventura, fosses chamado a atravessar hoje as alfândegas da morte, de que se te constituiria a bagagem? Terias mais a lamentar o que deixas, que te alegrares com o que levas?…

Carlos A. Bacelli – Irmao Jose
Compartihado por Luiz Vencio

TOP 5 grandes arrependimentos das pessoas antes de morrer

TOP 5 grandes arrependimentos das pessoas antes de morrer

Poucas pessoas têm coragem de pensar sobre como será sua própria morte.

Uma enfermeira, após presenciar centenas de falecimentos no hospital, resolveu contar sua experiência em um livro mostrando quais eram os arrependimentos mais frequentes entre os pacientes.

Bronnie Ware se formou para realizar cuidados paliativos em pacientes que apenas precisavam de alívio em suas últimas semanas ou dias de vida.

Abaixo você confere os cinco maiores arrependimentos das pessoas (idosas) antes de morrer:

5 – Ter vivido o que realmente queriam, não se preocupando com os outros

Segundo a enfermeira, este é um dos arrependimentos mais comuns. Quando as pessoas percebem que sua vida está próxima do fim, elas olham para trás com muita clareza e é fácil relembrar de todos os sonhos que nunca conseguiram realizar.

A maioria das pessoas não teve coragem ou não pôde realizar nem metade do que sonhavam quando jovens devido às escolhas que fizeram ou das que não fizeram. A saúde traz uma liberdade que poucas pessoas percebem, até perderem e perceberem que estão confinadas em uma cama.

4 – Ter trabalho demais e ficado sem tempo para a família

Segundo ela, esse arrependimento veio de todos os pacientes do sexo masculino. Eles perderam a juventude de seus filhos e deixaram de conviver com suas esposas.

Os homens se lamentavam de terem investido tanto tempo e saúde trabalhando, deixado as atividades de lazer com a família para depois.

3 – Gostaria de ter tido coragem de expressar sentimentos

Foto: Reprodução / DailyMail

Muitos afirmaram que abafaram, por toda a vida, palavras doces e a vontade de expressar algo que sentiam. Como resultado deste sufocamento, se sentiam medíocres por não colocarem pra fora o que se passava na cabeça em relação aos sentimentos nutridos pelos filhos, cônjuges e amigos.

Muitos afirmavam que se tornaram amargurados e ressentidos por isso.

2 – Gostaria de ter mantido laços com os amigos

Muitos não perceberam a importância de manter contato com os velhos amigos, até que perceberam que só tinham semanas de vida.

Muitos tornaram-se tão presos em suas vidas, que se afogaram em trabalhos e deixaram as amizades importantes escaparem e se desfazerem ao longo dos anos.

Existiam arrependimentos profundos por não terem ligado para dar feliz aniversário ou apenas marcado um encontrado para jogar conversa fora.

1 – Desejaria ter sido mais feliz

Segundo a enfermeira, este é o arrependimento mais comum. Muitos não entendem, até “verem a morte”, que a felicidade é uma escolha.

Vários ficaram presos em convenções, pudores e hábitos pré-estabelecidos, o que os deixaram aprisionados em uma vida de mentiras.

O medo de mudar aquilo que não estava bom resultou em uma máscara que não era, de fato, o que eles queriam. Quando eles analisavam suas vidas antes da morte, percebiam que lá no fundo deveriam ter arriscado e buscado o que de fato queriam para si.

Fonte: www.jornalciência.com