Espiritualidade

Espiritualismo

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Ilustração alusiva a uma sessão mediúnica familiar na capa de uma partitura de música (Boston, 1853).

Espiritualismo é uma denominação comum a várias doutrinas filosóficas e/ou religiosas, e tem como fundamento básico a afirmação da existência do espírito (ou alma) como elemento primordial da realidade[1][2], bem como sua autonomia, independência e primazia sobre a matéria[3]. É o contrário de materialismo, que só admite a existência da matéria.

Afirma a existência de uma alma imortal no homem, isto é, de um princípio substancial distinto da matéria e do corpo, razão absoluta de ser da vida e do pensamento. Em sentido mais amplo, doutrina que, além da tese referida, reconhece a existência de Deus, a imortalidade da alma e da existência de valores espirituais ou morais que são o fim específico da atividade racional do homem.

O termo espiritualismo, atualmente, é utilizado para denominar uma variedade enorme de religiões, sistemas filosóficos, doutrinas, crenças e seitas. Cada qual apresentando características próprias e regras particulares. Possuindo, em comum, o fato da crença na preponderância do mundo espiritual sobre o mundo material.

Frequentemente confundido com esoterismo. No entanto, este último tem uma conotação de “doutrina iniciática”, ou seja, um conjunto de conhecimentos que só devem ser transmitidos a algumas pessoas escolhidas e preparadas para tal fim (os “iniciados”), não devendo ser vulgarizados[3].

Nos países de língua inglesa, o termo espiritualismo é usado como sinônimo de espiritismo, no sentido de em “espiritualismo experimental”[4]. No início do século XIX, também era usado a expressão “espiritualismo moderno” para identificar aquilo que foi nomeado de espiritismo por Allan Kardec em 1857. Todo espírita é necessariamente espiritualista; mas pode o espiritualista não ser um espírita.

O materialismo admite que pensamento, emoção e sentimentos são exclusivamente reações físico-químicas do sistema nervoso. Portanto, todos os religiosos, se aceitam a alma e Deus, são, por isso mesmo, espiritualistas, visto que essa doutrina admite outros tipos de visões[carece de fontes].

Tal vocábulo também é empregado como referência à postura de certos indivíduos, que possuem espiritualidade sem religiosidade: são contrários ao materialismo e, ao mesmo tempo, não estão filiados a qualquer segmento religioso.