114/124 O PLANETA MARTE

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Meus amigos, é com permissão dos nossos Guias dos planos superiores que desejo prosseguir, nesta noite, as minhas narrativas de Além-Túmulo.

Não está em nós a presunção de resolver incógnitas científicas e nem derrogar os decretos do Altíssimo, que, do lado de cá, nos merece a mais sublime de todas as venerações. Escrevo esta impressões somente objetivando a consolação dos que sofrem, visando a amplitude das esperanças dos que nos compreendem, a fim de que aguardem, confiantes na bondade d Deus, o prêmio compensador da vida em outras paragens mais felizes, onde a alegria não se extingue, como na Terra, e a paz é uma vibração permanente do pensamento de todas as criaturas.

Aqui, tenho aprendido que há mundos de todas as espécies, diversificados em sua natureza como a essência dos sentimentos das almas. Mundo de dor, de ventura, de aprendizado, de luta, de regeneração.Todas essas distantes pátrias, que os vossos telescópios focalizam, dentro da noite imensa, não poderiam estar vazios e abandonados. Não se compreende uma cidade edificada, rica de monumentos e obras, sem habitantes e sem vida. Os planetas, que rolam no infinito, constituem a família universal, por excelência. Cada um deles comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.

É toda vaidade do homem terreno afirmar-se a única criatura pensante do Universo, mesmo porque a Terra é um dos planos mais obscuros e mais repletos de amargura para quantos já experimentaram algo das felicidades imorredouras, que a evolução do sentimento e do raciocínio pode facultar.

Para as almas acendradas no amor, a Terra é bem o recanto do exílio e das sombras.

Todavia, vós outros, os que estudais, tomados da disposição benéfica de conhecer a vida espiritual, em suas mais remotas e múltiplas modalidades, deveis arquivar no coração o tesouro divino da esperança. Se na atualidade as dores vos assediam, sabeis que a vida não se circunscreve no âmbito mesquinho do orbe terráqueo. Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é ela a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e do seu sublime mistério.

Maria João de Deus

Livro Cartas de uma Morta ­ Psicografia Chico Xavier

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